top of page
INÍCIO
IMG_6171.JPG

PERDA AUDITIVA

Surdez e outras alterações da audição

A perda auditiva é a deficiência sensorial mais frequente da infância, estima-se que a cada mil bebês, um ou dois nascem com perda auditiva e que, entre os escolares, cerca de 10% tenham perda auditiva leve ou flutuante.

 

Crianças podem nascer com perda auditiva, manifestá-la nos primeiros meses de vida (perda auditiva pré-lingual) ou em qualquer outro momento da infância ou da adolescência.

 

Alterações no conduto auditivo externo ou ouvido médio impedem a transmissão normal da onda sonora, causando a perda da audição; mas a causa pode também ser uma lesão na cóclea, nas vias auditivas (nervo auditivo, tronco cerebral, vias auditivas centrais) ou no córtex auditivo cerebral. Além disso, a perda da audição pode ser causada por malformações durante a gestação, defeitos genéticos, vírus, bactérias e algumas substâncias tóxicas.

 

Audição e vacinação

Pode-se diminuir as chances de ocorrer perda auditiva na infância ao se vacinar crianças contra meningite, assim como é fundamental vacinar contra rubéola todas as mulheres que pretendem engravidar.

 

Cuidados com a audição

Atenção ao barulho emitido pelos brinquedos eletrônicos, ruídos de apitos, buzinas, sirenes e disparos tão frequentes nos brinquedos infantis, podem lesar o ouvido interno de maneira irreversível, causando perdas de audição, irritabilidade e até zumbidos.

A utilização prolongada em alto volume de fones de ouvido e celulares tablets pode lesar os ouvidos levando a perdas irreversíveis de audição e até o aparecimento de zumbidos. O uso abusivo desses equipamentos é muito comum entre adolescentes e pré-adolescentes.

Tratamentos da surdez e das alterações da audição

Nas crianças com problemas auditivos infecciosos ou metabólicos pode haver a possibilidade de tratamento medicamentoso. Nos tumores, geralmente, o tratamento é cirúrgico.

 

Quando não há opção de tratamento medicamentoso ou cirúrgico, uma das possíveis soluções para minimizar as dificuldades auditivas é o uso do aparelho auditivo.

 

Reabilitação auditiva na infância

A surdez é considerada uma perda profunda da audição. Crianças surdas têm mais chances de desenvolver a fala se forem diagnosticadas e conduzidas adequadamente no decorrer do primeiro ano de vida, seja com o implante coclear ou com a adaptação da prótese auditiva.
 

O aparelho auditivo tem como objetivo a amplificação sonora, não só sinais de fala, mas sons ambientais, sinais de perigo e de alerta, bem como sons agradáveis ao indivíduo,  música ou televisão, por exemplo.Existem diversos tipos de aparelhos auditivos, eles podem variar quanto ao tamanho (retroauricular, intracanal e microcanal), potência e tecnologia (analógicos, híbridos e digitais).

 

Outra forma de tratamento é o implante coclear, que é colocado atrás da orelha e sob a pele, por meio de cirurgia. Trata-se de um receptor de som com um fio, que contém um canal de eletrodos, instalado diretamente na cóclea. Esses eletrodos transmitem os sinais sonoros para a cóclea. Externamente é adaptada uma pequena antena que transmite sinais de radiofrequência captados por um microfone fixado atrás da orelha.

 

A colocação do implante coclear não é indicada para todos os casos de surdez. Após a cirurgia, é necessário que o paciente aprenda a escutar e desenvolver a linguagem oral. Trata-se de um processo longo e que exigirá muita dedicação da família, porém quando a criança começa a falar, todos os esforços são recompensados.

 

Alguns pacientes podem também se beneficiar de algumas formas de reabilitação que incluem “leitura labial” (habilidade de compreender o que as pessoas falam ao observar o movimento de seus lábios), o distanciamento de locais ruidosos, em que barulho atrapalha a compreensão das palavras, e a orientação para a família falar mais devagar e com mais clareza.

Cuidados com a criança com deficiência auditiva

O contato humano positivo é essencial para o crescimento emocional e para o bem-estar da criança. Continue a brincar, cantar com a criança e ao conversar, olhe diretamente para ela. Lábios, expressões faciais e movimentos do corpo fornecem informações importantes. Procure falar com clareza e devagar, sem gritar. Em geral, a articulação adequada das palavras é tão importante quanto o volume da voz.

 

Um ensino alternativo poderá suplementar ou substituir o treinamento da linguagem e da fala. Este ensino pode incluir o uso de leitura labial, gestos e expressões ou comunicação com as mãos.

 

Para mais informações no livro, “Cuidando dos ouvidos, nariz e garganta das crianças – Guia de orientação”

Mais informações no livro:

“Cuidando dos ouvidos, nariz e garganta das crianças – Guia de orientação”

Compromisso Ético

As informações contidas nestas páginas não substituem a consulta médica, o conteúdo constitui-se de informações gerais e não deve ser considerado como um conselho para nenhuma criança especificamente. Cada paciente é um caso diferente e específico e requer um cuidado médico individualizado.

 

Espera-se que as informações contidas aqui sejam úteis aos cuidadores para o entendimento dos problemas de saúde de suas crianças, mas não é um substituto para consultas médicas feitas pessoalmente. Deve-se, ainda, entender que muitos tópicos na Medicina são controversos, podendo haver várias abordagens possíveis para um dado problema. Os usuários deste Website assumem plena responsabilidade pelo uso das informações nele contidas, bem como de qualquer outro a este ligado ou relacionado. A menção de um produto específico ou serviço não representa uma recomendação, salvo esteja claramente especificado como tal.

 

Nenhuma alteração deve ser feita em tratamento previamente prescrito ou em qualquer procedimento médico baseando-se apenas em informações obtidas via Internet. Somente o médico que tenha tido a oportunidade de avaliar o paciente pessoalmente poderá intervir nas condutas.

© 2022 Por Dr. Ricardo Godinho

bottom of page